
Sim: Existo Dentro do Meu Corpo
“Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol nem a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar a terra por causa do estômago.
Indiferente?
Não: natural da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Traz! na realidade que não falta!”
“Poemas Inconjuntos”. Poemas Completos de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa, Lisboa: Presença, 1994.
A convite, apresentei, no passado dia 26 de janeiro, um caso clínico a Fernando Orduz, no II Encontro de Candidatos da IPSO, “O Corpo Psicanalítico- Teoria, Técnica e Prática”.
Conheci-o no Congresso “Modificações no Corpo” em 2017 e, desde então, sempre que o via/ouvia associava-o imediatamente a uma sensação de movimento e de liberdade.
Questionava-me como ele seria em contexto de supervisão. Que postura adoptaria? Que visões traria sobre um dos pilares fundamentais da formação psicanalítica, introduzida por Abraham, Eitingon e Simmel no Instituto de Berlim na década de 20?
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